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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Mostre o caminho

Eu me perdi , eu admito. Nada de gestos tresloucados ou caminhar sob a chuva, e nada de devaneios sobre como seria se em vês de estar dormindo sozinho, vivendo sozinho, eu estivesse chegando em casa todas as noites e encontrasse seu rosto lá. A nova rotina, e toda a sua exaustão, já tomou forma e até que eu sinta meu coração dar algum sinal de vida de novo, é assim que vai ser. O amor não lidera mais o caminho que sigo, e talvez seja por isso que eu me sinto tão... Se prestar bastante atenção, você consegue sentir quando aquela parte mais imatura do seu ser, que não se preocupava com o amanhã, era inconsequente até o limite, e era feliz vivendo assim, começa a desaparecer, e uma coisa muito estranha chamada razão toma o lugar que antes era da emoção em se tratando de como levar a vida, e como decidir o que você quer para si. Mas essa parte de mim não morreu por completo. Pelo contrário, arrisco dizer que esta apenas amadureceu - não que eu concorde com isto. A parte "e se...&q

100 lágrimas de distância

Minhas aulas começaram há três semanas , e o motivo de ainda não ter comentado sobre elas é porque desta vez eu realmente estou prestando atenção no que dizem na sala de aula em vês de me esconder dentro do caderno como eu fiz da última vez . Quando eu decidi abrir mão do Jornalismo por aguardar durante sete meses de puro ócio - em teoria - até que a classe de Psicologia de 2010 se formasse, ninguém foi a favor. Geralmente, decidir algo sozinho sem apoio externo é o que me motiva a levar certas causas em frente. " Você não tem cara de psicólogo " (colegas de trabalho), " Você vai ser pobre " (mãe), " Jornalismo é mais barato " (pai), " É coisa de mulher " (secretamente, todo mundo; salvo exceção uma prima desbocada) foram algumas das idéias que as pessoas tentaram usar para me persuadir a voltar para o Jornalismo - afinal, era mesmo mais barato. E começou, com as expectativas mais altas que eu já havia criado para algo e contra o que todos achava

Cartas de amor

Quando eu era criança e uma garota sorria pra mim, eu me apaixonava. Não querendo dizer que isso não aconteceu até depois de eu deixar de ser criança - pelo menos, físicamente - mas, quando acontecia, o padrão era o mesmo. Eu sentava e despejava todos os meus sentimentos, sem medir o tamanho das palavras (" vida ", " amor ", " pra sempre ") numa simples carta, tecia com cuidado seu envelope e arquitetava um modo de, discretamente, entregar meu recado à aquela que eu gostaria de entregar também meu coração. Nada mal para uma criança de onze anos. Até onde eu consigo me lembrar, foi assim que começou o que logo tornaria-se a razão que me tiraria da cama por muitos dias cinzentos e desesperançosos que estariam por vir. Tudo bem, até que... As cartas, a teoria, ficaram para trás e a prática tomou conta, com expectativas ainda mais altas, esforços extremamente superiores à dobra de um envelope, e os sentimentos, ah, os sentimentos cresceram, amadureceram, e