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A variável

Homem, moleque, criança, bebê.

Filho, neto, sobrinho, primo.

Cabeludo, careca.

Barba, bigode, cara limpa. Social, esporte fino, casual, folgado, uniformizado, com blusa, sem blusa, nu.

Feliz, triste, pessimista, otimista, esperançoso.

Falando alto, falando baixo, silencioso.

Correndo, andando, pulando, dançando, sentado, de pé, deitado, caído.

Acordado, sonolento, dormindo, piloto automático.

Descontente, bravo, irritado, magoado.

Enfurecido, apaixonado, inconformado, frustrado, difícil, suave.

Pensando na vida, pensando em você, pensando em nada.

Estudioso, estúpido, incompreensível, relativo.

Ardiloso, habilidoso, desastrado.

Tímido, envergonhado, carismático.

Semi-conhecido, temporário, inesquecível.


É complicado definir a si ou a alguém, quando temos tantas definições ao mesmo tempo. Só uma coisa se mantém; nossas contradições. Metamorfoses ambulantes, sempre em evolução. Ou talvez seja apenas eu, uma constante variável.


Ao som de: Don’t Stop ‘Till You Get Enough – Michael Jackson.

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