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Mostrando postagens de julho, 2011

Ex-amigos

Mais tarde naquele sábado, eu pedi uma pizza. Era um bom modo de enfrentar uma situação na qual eu havia me envolvido, e ainda mais, na situação ainda maior na qual a primeira se encaixava. Primeiro se tratava de apenas morar sozinho e tentar encontrar uma maneira de lidar com noites de sábado em casa, e logo se mostrou como uma terapia de choque sobre como aceitar o fato de que eu não estava apenas morando sozinho em um apartamento maior desta vez; eu estava vivendo sozinho nele também. Uma, duas, três cervejas depois, eu continuei a refletir sobre algo que acontecera recentemente, envolvendo uma amiga cuja qual demorou um ano para ser chamada deste jeito, mas que levou cerca de dez segundos para ter seu título precedido por um prefixo pouco atraente – ex-amiga. E me fez pensar ainda mais; apesar de ainda não ter nenhuma ex-namorada em meu passado, o número de ex-amigos e amigas era surpreendentemente alto, e terrivelmente inegável. Era possível o fato de que até mesmo minhas amiza

Nem tudo que reluz...

Aparências são, em parte, uma das forças que movem o mundo. São o que nos atraem a outras pessoas, e o que nos motiva a nos mostrarmos sempre apresentáveis a elas. Mas é como dizem, nem tudo que reluz é ouro, e as aparências podem deixar a desejar. Nem sempre aquilo que as pessoas aparentam ser traduz fielmente quem são. Por trás de um sorriso pode haver lágrimas encobertas, e por trás de uma raiva inexplicável pode estar um coração partido com medo de rever a luz do sol. Mesmo assim, o brilho de certas pessoas ainda continua a nos atrair a ponto de nos tornar cegos às suas falhas, e nos piores casos, às nossas qualidades também quando nosso tesouro não responde às nossas expectativas. Eu tento ao máximo ser leal a mim mesmo e verdadeiro com o que sinto ou o que deixo de sentir, até mesmo porque sinto que já cheguei a um ponto em que meu organismo não consegue dar conta de encobrir emoções somente para não demonstrar que está ferido, chegando a tal ponto em que eventualmente preciso

O presente perfeito

Eu precisava de um tempo ; não sei explicar melhor do que isto. Quando a vida como você conhece desaba sob seus pés, a melhor coisa a fazer e tentar se recompor, reerguer-se e voltar à ativa. Mas algumas coisas levam mais tempo para serem absorvidas, e algumas feridas não se curam da noite para o dia. Por isto eu tirei um tempo – muito tempo – longe dos meus desastres atuais e viajei de volta ao meu passado, onde meus velhos erros já haviam sido esquecidos há muito tempo, e onde eu achava que meus novos erros não poderiam me alcançar. Mas enquanto eu visitava meu passado em Londrina, meu passado de Cascavel ainda assim conseguiu me alcançar, e me pediu que eu voltasse para casa. Mesmo em meu antigo lar, não pude deixar de me sentir mais distante de casa do que nunca, e me fez pensar que, realmente, não se pode fugir do passado. No entanto, é possível chegar a um futuro se seu passado continua presente? É verdade que Londrina e eu não tivemos o passado perfeito, mas o tempo eventual

Procurando

Já teve a sensação de que não existe ninguém lá fora feita pra você? Eu já. É como se ninguém se encaixasse, e por mais que eu saiba que sempre haverá algum problema, no meu caso... Bom, não sei explicar. Todos os casais felizes que conheço nunca realmente precisaram procurar um pelo outro; eles simplesmente se conheceram e ponto final. Eles simplesmente apareceram um na vida do outro e nunca mais tomaram caminhos separados. Quanto a mim, eu venho procurando por alguém ou algo por toda a minha vida e aqui estou, continuo sozinho e continuo perdido. Mas desta vez é diferente; agora eu sei que não tenho a mínima ideia do que estou procurando, mas de algum modo ainda me sinto exausto por passar cada segundo de cada dia imaginando quando minha busca chegará ao fim. Porque não consigo parar de procurar se nem sei o que espero encontrar? Seria o instinto humano de estar eternamente em busca de algo a mais em sua vida, talvez até mesmo o sentido de sua existência, ou seria mais do que is

Levantar âncora!

Igor Costa Moresca. O nome ainda é o mesmo, mas me sinto diferente. Diferente e silencioso, mas não porque não tenho nada a dizer. Silencioso porque tenho tanto a dizer, tantas coisas me passam pela cabeça e tantas sensações tomam conta de mim ao mesmo tempo na fração de um segundo, que não sei como começar a tentar explicar. Mas aqui estou eu: duas semanas, trezentos e quarenta e seis quilômetros e quatro quilos a mais depois, de volta em casa. Quer dizer, tem sido um longo caminho de volta. Assim que adentrei meu antigo novo lar com minhas malas prontas para serem reabertas, já estava na hora de empacotar tudo mais uma vez, já que a vida acabou por me apontar para uma nova direção. Eu tinha um novo apartamento à minha espera, velhos amigos para rever e uma rotina para reconstruir na cidade que havia deixado para trás para tentar reencontrar um pouco de paz lá fora, mas assim como o dinheiro acabou e o mundo real me chamou de volta, aqui estou eu cercado de caixas com meus pertence