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Mostrando postagens de setembro, 2011

Refazer

É um fato da vida: todos nós cometeremos erros de vez em quando. Alguns sofrem as conseqüências de ações mal-pensadas, enquanto outros se calam em desespero por arrependimento de coisas que deixaram de fazer. Há aqueles que se envolvem com as pessoas erradas e são forçadas a pagar pelos erros de outros, mas que acabaram por ser seus próprios erros no fim. Todos nós teremos momentos de fraqueza e seremos forçados a aprender com nossos desenganos, mas um passo em falso não significa necessariamente que nos perdemos do nosso caminho. A diferença está em deixar que um erro o defina, ou então aprender com isto e seguir em frente. As coisas mais bem feitas da vida não foram feitas na primeira tentativa, e isto deveria servir de lição para nós que erramos mas que nos recusamos a desistir até finalmente acertarmos. E o segredo para acertar está exatamente nisto: refazer. Se um desentendimento interrompe uma amizade, devemos simplesmente abrir mão da pessoa que nos fazia rir, ou aprender a

A arte de fazer arte

Eu tenho uma veia artística que venho exercitando ao longo dos anos com muita dedicação; mesmo que outras coisas em mim morram, como a sensibilidade do amor ou a felicidade com pequenas coisas belas do dia-a-dia, ao menos isto restará em mim. Comecei a desenhar bem novo, quando a diversão da minha vida era ficar dentro de casa e dar vazão à minha criatividade por mim mesmo em vês de sair e brincar com meus amigos - e, pensando bem, acho que não mudei muito desde então. Quando os desenhos na televisão tornaram-se repetitivo demais, eu comecei a criar os meus e logo meu quarto tornou-se uma bagunça repleta de personagens e lápis de cor espalhados pelos cantos, mas que, quando eu os reunia com minha imaginação, acabavam por resultar nas mais belas e diversas ilustrações que um garoto entediado de doze anos poderia criar. Durante o ensino médio alguns rabiscos de personagens animados ainda habitavam meus cadernos, mas assim como eu, meus sentimentos cresceram e já não cabiam mais em

Igorcentrismo

Algumas pessoas possuem uma sensação de auto-suficiência tão grande que ultrapassa até mesmo os limites conhecidos por nós, meros mortais, através de meras definições como " egocêntrico ", " metido ", " egoísta " ou " vaidoso ". O mundo interior destas pessoas na verdade é tão poderoso que as engole de tal forma que este realmente acaba virado de ponta-cabeça, acreditando solenemente que seu mundo é o mundo real enquanto nós, os outros, somos quem vivemos alienados a ele. Mas em meus dias mais felizes devo confessar que compartilho parte destas impressões e as reproduzo em meus amigos, minha família ou em meu trabalho. Se está cochichando algo a alguém, sei que está falando de mim, ou então está me olhando diferente como se estivesse pensando algo que não quer que eu descubra, com certeza é alguma malícia relacionada a mim. É fácil ver o próprio umbigo como o centro do universo; basta ter auto-estima o suficiente para transformar o resto da

Tudo bem

Acordei às 6h30 da manhã hoje. Talvez eu não devesse mais ir dormir pensando em você, se ao menos você não fosse a última coisa na qual penso em meu dia – para não dizer também, a primeira da qual me lembro quando acordo. Mesmo que eu quisesse tê-la de volta, faria diferença agora? Na verdade, acho que estou ficando bom em perder mulheres que nunca tive, ou então somos nós quem nos tornamos bons em fingir que nada aconteceu quando nos cruzamos no corredor. E talvez o motivo pelo qual eu fui embora e te deixei sem entender, seja o mesmo pelo qual você mesma nunca me explicou porque o único jeito de continuar do seu lado seria à distância. Mas quantas vezes eu te disse que não seria apenas mais um na sua vida? Eu sinto saudade. Muita saudade, na verdade. Tanta saudade, que me mantém acordado enquanto eu deveria estar ocupado dormindo ou ao menos sonhando com qualquer outra pessoa, não importa se fosse possível ou impossível de tê-la. Mas continuar acordado por sua causa simplesmente

Um pouco de segurança

Em um mundo tão instável todos nós buscamos algo que nos faça sentir seguros. Alguns rodam a chave duas vezes na maçaneta para garantirem que nenhum estranho invadirá seu lar, outros inventam senhas indecifráveis para proteger suas contas bancárias, e ainda há aqueles que sempre tentam manter um bom relacionamento com seus amigos para certificarem-se de que terão ajuda em caso de emergências. Mas garantir uma boa sensação de segurança não é algo fácil, especialmente quando nos encontramos em risco e descobrimos que tudo aquilo que tínhamos como certo vem a nos deixar desamparados; a família com a qual contávamos pode não nos oferecer o conforto que esperávamos, os amigos com os quais convivíamos podem nos abandonar sem explicações, e ocasionalmente podemos acabar sozinhos sem ter quem nos ajude a nos reerguer quando as coisas se tornam difíceis. Assim, alguns de nós passam a viver em um constante estado de alerta; ressegurando-nos de que nossos amigos guardarão nossos segredos,