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Mostrando postagens de outubro, 2011

Vinte e poucos

É oficial: estou nos meus " vinte e poucos ". O dia chegou e trouxe consigo muitos recados, votos de saúde e felicidade, flashbacks de amigos antigos e a criação de novas lembranças com novos amigos, sem contar os presentes, os dois bolos e o já famoso pudim que também fizeram a festa. E o dia passou. E desde que passou, eu fiquei assim; me sentindo um pouco estranho, levemente desconfortável, para não dizer desorientado com a pergunta fatídica que não me deixa mais ter pensamentos aleatórios como antes: e agora? Eu cresci com a noção de que todos os anos que começam com 1 são considerados como o auge da nossa juventude; o momento em nossas vidas em que devemos aproveitar ao máximo a nossa vitalidade, nossa liberdade e sair por aí correndo e berrando, satisfazendo cada vontade bizarra, cada desejo ardente de nossas almas, e fazer o máximo que pudéssemos para evitar arrependimentos futuros. Eu não fiz isso, mas pelo menos sempre aconselhei aqueles ao meu redor a fazerem.

Bem vindo à felicidade

É como a música diz: "Toda a felicidade que você procura, toda a alegria pela qual você reza, está mais perto do que você imagina, está a cem lágrimas de distância." Por anos eu acreditei, repeti e cantei baixinho para mim mesmo, especialmente em momentos mais difíceis como depois de ter ido morar sozinho e quando voltava para casa à noite sem ninguém ao meu lado e sem ninguém me esperando pra dormir. E me fazia chorar por esperança de que cada lágrima realmente me distanciasse da agonia do presente e me aproximasse da felicidade que estava reservada para mim no futuro. Não foi um caminho fácil de percorrer. Tenho certeza de que quando você olhar para mim, jamais imaginará as coisas que passei, a solidão que senti, todas as lágrimas que derramei por momentos dos quais eu desejava escapar mais do que tudo, e por pessoas que não mereciam tanta atenção assim de mim. Mas passou e eu sobrevivi; é como eu mesmo disse, anos atrás: " Quando dói a ponto de morrer, você sobrev

A melhor coisa que eu nunca tive

Eu estava caminhando pelas ruas frias de Cascavel ao amanhecer de uma segunda-feira com nada na cabeça a não ser as músicas estouravam meus fones de ouvido e meus pensamentos sem sentido quando algo a mais me veio em mente. Talvez Cascavel não fosse tudo aquilo que eu imaginei que seria, mas não posso negar que eu e a cidade tivemos bons momentos. Olhando em retrospectiva, eu consegui aqui muito mais do que eu poderia esperar dessa experiência: um emprego, uma faculdade, um apartamento, outra faculdade, um apartamento maior, uma série de relacionamentos disfuncionais que no mínimo serviram para me ensinar lições valiosas como " não se apaixone por uma lésbica ", " não se apaixone por alguém que já tem alguém" ou até mesmo "não iluda alguém por quem você não tem intenção de se apaixonar ", e várias amizades fortes o bastante para suportar toda a insensatez e inconstância que eu já fui capaz de ter em meros três anos de luta na " cidade do dedão giga

Chorar por você

Eu costumava chorar bastante, especialmente quando estava sozinho. Ou me sentindo sozinho. Não tenho chorado muito ultimamente; isto é algo que acontecia mais quando eu estava no começo da minha adolescência turbulenta – jovem demais para dar conta das emoções que sentia, e fraco demais para conter lágrimas quando sentia a necessidade de derramá-las. A primeira vez que chorei no ombro de alguém foi quando eu tinha 16 anos, e estava perdidamente apaixonado por uma garota que mal sabia da minha existência. E era amor, eu tinha certeza; ela era a mulher da minha vida, e estávamos destinados a ficar juntos. Eu só a conhecia há um mês, e diante de mais uma crise de ansiedade minha, meus amigos decidiram intervir e fazer com que eu confrontasse a terrível verdade: eu me apaixonava fácil demais. E eu chorei; chorei por ser tão ingênuo, tão fraco e tão sensível a ponto de querer entregar meu coração a alguém que claramente não demonstrava o mesmo interesse. Acho que foi a primeira vez que