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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Especialmente amanhã

2011 não foi tudo que eu esperava que fosse. Pelo contrário, aconteceu muita coisa que eu não esperava. Muita coisa que eu acho que não estava preparado para enfrentar. Muita coisa que eu não pude prever nem mesmo quando eu sentia que algo estava errado. Foi o ano em que eu vi muitos dos meus planos se desfazerem enquanto a vida se ocupava de mudar meu rumo e me redirecionar para outras oportunidades, outros lugares, e a encontro de outras pessoas. Muita coisa mudou em 2011; algumas pra bem, outras nem tanto. Descobri novos lugares, novos horizontes, novos limites, mas sem me esquecer do lugar que eu pertenço. Conheci pessoas novas, enquanto vi as amizades antigas se confirmarem através do tempo enquanto os coleguismos de momento passaram e deixaram mágoas suficientes para me lembrar de não me iludir tão facilmente com alguns olhares e sorrisos. 2011 foi o ano em que eu aprendi a sorrir e a dizer olá para o novo, mas também foi o ano em que eu sofri muito até que finalmente percebi o

Seguir a tradição é normal

É impressão minha ou o Natal desse ano se desgastou sem nem ter chego ainda? Parece que quando começaram a pendurar as luzes e os enfeites no meio de Novembro, nós ficamos tão animados e tão ansiosos com o fato de que o fim do ano havia chego que agora, no que costumava ser a semana mais importante para nós quando éramos crianças, parece que a magia se perdeu e estamos todos entediados com o que deveria ser uma época iluminada de paz onde é permitido acreditar em coisas que não podemos ver, como um velho barbudo com um saco cheio de presentes ou até mesmo um milagre inesperado para trazer uma luz de volta em nossas vidas. Mesmo assim, nós ainda nos entregamos aos velhos rituais de sempre como deixar as compras para a última hora ou fazer aquela limpeza pesada na casa para receber os parentes que vem de fora, porque não importa se a gente pensa que a magia se perdeu ou se o ano não correu do jeito que a gente esperava; quando o Natal chega, toda a tradição que vem com ele dá um jeito

Tango não correspondido

Amor é como um tango argentino , mas para aqueles como eu que não sabem dançar é sempre um risco muito grande tentar acompanhar a música. É por isso que quando sentimos que estamos prestes a nos apaixonar por alguém, sentimos medo antes de qualquer coisa. Medo de errar o passo, ou de que a parceria nos deixará a desejar, ou então que esta dança está acontecendo só na nossa cabeça e no fim estaremos sozinhos ao som de violinos. Porque tanto o amor quanto o tango precisam de paixão de ambas as partes, de comprometimento para que não errem os passos, e confiança para que quando uma das partes pise fora da linha, seu ritmo não seja totalmente comprometido. O tango é uma dança complexa, agressiva, passional, dramática e que sempre deixa seus participantes com suas sensações à flor da pele - e quando nos apaixonamos, não são esses os mesmo sintomas que desenvolvemos? E então decidimos arriscar e damos a mão à nossa parceira, e caminhamos lentamente porém vigorosamente à pista de dança pa

Sinfonia da pedestrianização

Duas semanas atrás, eu voltei a caminhar. É algo que eu gosto de fazer no meu tempo livre quando eu chego no limite da criatividade do meu ócio e do meu IMC ideal, e durante o tédio inicial dessas férias tem sido uma verdadeira terapia anti-estresse ao fim do caos de cada dia. O plano é simples: ligam-se os fones de ouvido e desliga-se o mundo ao redor. A partir disso, basta sair por aí andando sempre adiante até cansar ou escurecer, para voltar para casa um pouco mais relaxado e, se eu tiver sorte, um pouco mais inspirado também. Mas nem sempre caminhar funcionou apenas como um hobby pra mim. Alguns anos atrás, caminhar era como eu me distanciava dos meus problemas - especialmente, aqueles do coração. Tudo começou há uns cinco anos, quando eu acompanhava uma garota pela qual eu estava apaixonado para casa todo dia depois da aula. Era fora do meu caminho mas eu nem ligava, porque aquelas despedidas - apesar de platônicas - significavam tanto para mim que faziam valer a pena a bronc