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Mostrando postagens de abril, 2014

O significado do amor

   Caso você tenha chego até aqui com a expectativa de encontrar uma resposta pronta, pare de ler, feche esta aba e volte para o Facebook . Porque eu não tenho as respostas, e talvez nem esteja tão perto de encontrá-las quanto eu gosto de pensar. A verdade é que talvez nem existam as respostas certas, ou erradas, ou meio-certas mas que servem para você passar de ano na média. Por mais que eu não saiba dizer o que exatamente é o amor, da onde ele vem ou do que ele se alimenta, eu também não preciso esperar pelo Globo Repórter para aprender que um sentimento tão grande como este não cabe em pequenas definições, por mais que seja composto de apenas quatro letras. Quatro letras com uma promessa imensa. Basta só você encontrar alguém com quem possa compartilhá-las. E que este alguém te entenda.    Mas ultimamente eu tenho me sentido bem mais esperançoso do que em meus últimos devaneios transcritos que despejei aqui. Que eu vivo escrevendo sobre amor, expectativas, esperanças e sonho

A melhor amiga

   (Enquanto isso, em Abril de 2030...) Crianças, eu vou contar para vocês uma história incrível: a história de como eu conheci a sua mãe.    Tudo começou há vinte anos, em 2010, quando eu me inscrevi para o curso de Psicologia em uma faculdade em Cascavel . Faltavam apenas alguns dias antes do começo das aulas, quando alguém me encontrou comentando em um fórum de calouros do curso no Orkut (uma rede social que não é muito diferente, nem no layout e nem na zoeira, do Facebook de hoje) e me adicionou. Ela era uma caloura também, tão constrangida e envergonhada quanto eu, e que também estava tentando não se perder no mar de rostos desconhecidos que iria alagar a faculdade no primeiro dia de aula. O nome dela era Lia, e apesar de algumas conversas básicas do tipo “ da onde você é? ” e “ do que você gosta? ” para tentarmos nos conhecer, ainda demorou uma semana para que nós realmente trocássemos palavras um com o outro. E eu me lembro como se fosse ontem: “ Pessoal, formem gru

A baliza dos sentimentos

    É claro que as coisas podem piorar. Existe uma linha tênue entre esperança e psicose, e eu sinceramente acho que é em cima dessa linha que a gente caminha todos os dias depois que a vida, o trabalho, os relacionamentos e a chegada à casa dos vinte e poucos anos te diminuem um pouco. Tudo bem, talvez eu esteja exagerando. Talvez eles não te diminuam, mas definitivamente deixam aquela sensação de que algo está sendo tomado de você, e não há muito sendo recebido em troca. A não ser pela fadiga, é claro, que será eterna enquanto durar. O que explica o atual porquê de eu gostar tanto de passar meus finais de semana dormindo, descansando ou singelamente deitado, evitando movimentos bruscos para evitar que a vida lá fora me encontre e me puxe com unhas e dentes de volta para todo o seu redemoinho de compromissos e decepções. Ou talvez eu só esteja chateado porque eu reprovei no teste da baliza. É, provavelmente seja só isso mesmo.    Não é o teste em si que me chateia, claro que nã

A síndrome do domingo de manhã

   Por mais que eu adore a vida e todas as excentricidades que ela me proporciona, tem coisas que eu simplesmente nunca vou entender. Ou então, penso que não vou entender porque ainda não vivi o bastante. Talvez a vida seja como montar um quebra-cabeça de dez milhões de peças, e conforme você amadurece e consegue ir juntando alguns pedaços, você descobre que aqueles pequenos fragmentos que pareciam tão insignificantes e incoerentes uns com os outros na verdade formam figuras que realmente fazem sentido. Pode ser só coisa da minha dor de cabeça, que está servindo de combustível para a ressaca da minha manhã de Domingo, mas sabe quando você acorda meio tonto, mas com a sensação de que finalmente descobriu como a vida funciona? Então, é quase isso. Só que depois de algumas cervejas na noite anterior, que te fazem acordar depois com a missão de tentar reconstruir tudo o que aconteceu. E você começa com a noite anterior, relembra o que te levou a fazer e a beber tudo aquilo, e termina c

A porta fechada

    Quando eu cheguei no trabalho naquela manhã , a porta estava fechada. Não trancada, só fechada com um peso por de trás da porta que impedia que ela fosse aberta de fora pra dentro. Parecia razoável bater na porta e esperar que alguém tirasse o peso e a abrisse para mim, se não fosse por um pequeno detalhe: eu não estava tendo um dia razoável. E foi assim que eu me abaixei e enfiei minha mão por uma fresta da porta para tentar empurrar o peso para trás, para que eu conseguisse abri-la. Claro que não deu certo, e fez um barulho tremendo que chamou a atenção de todos que estavam lá dentro. Quando uma das minhas colegas abriu a porta, a indignação na cara dela era inegável: - Nossa! Não podia esperar um pouco para que alguém aqui abrisse a porta?    Pensei um pouco antes de responder, mas claramente não havia pensado o bastante quando respondi: - Não posso tentar abrir a porta sozinho? - Mas não é mais fácil deixar que alguém abra a porta pra você?    Pensei um pouco ante