Às vezes eu acho que deveria ter uma placa com “em obras” escrito grudada na minha testa. Parece que nada fixa; mudam as roupas, o andar, as coisas que fala, como se sente, o que pensa sobre isso e aquilo… E a única coisa que se mantém constante é a crença, esperançosa e brutalmente ilusória, de um dia estar pronto. De sentir-se pleno, completo, e pronto para… Para que mesmo? Se não houvessem mais mudanças e tudo sobre nós se tornasse estático, e não houvessem mais variáveis para nos tirar da rotina, nos surpreender, e quem sabe até dar sentido aos nossos dias… Passariamos a sonhar com o acaso, o aleatório, uma vida alucinante e surpeendente como uma roleta russa. Assim nos damos conta da maior de todas as contradições que existe em cada um de nós; o sonho de encontrarmos o nosso “feliz para sempre” todos os dias. Uma rotina de variáveis, onde só o que permanece constante somos eu e você.
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Não importa o que aconteça, você será a minha constante.
"Às vezes eu fico tentado a me tornar um mendigo, afastado da sociedade. Mas aí eu não teria onde carregar meu celular." - Igor Costa Moresca