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Mostrando postagens de agosto, 2018

A insustentável leveza do crescer

Ninguém em sã consciência escolheria ser adulto. Os boletos, os compromissos, as trinta e cinco tentativas de acionar o “soneca” para evitar o despertador todas as manhãs. Equilibrando a alimentação ruim com o sobrepeso, as noites mal dormidas com as olheiras, as dores de cabeça com os fones de ouvido para fugir de estranhos no ônibus que pouco a pouco se tornaram familiares. Relembrando os tempos de colégio a cada reencontro com um semi-conhecido, e suspirando fundo ao quase esbarrar com um colega de firma a caminho do banheiro. Talvez seja o cinismo que só um jovem adulto às vésperas dos 27 anos é capaz de desabafar, mas nem isso diminuiria a verdade da afirmativa: ser adulto não é para qualquer um. Por isso há anos defendo minha própria teoria: adultos não existem. *** O maior ato de caridade direcionada ao meu ego que recebi atualmente foi o de uma professora nova. Entre normativas pedagógicas e genuíno interesse para saber exatamente com quem ela estaria lidando pelo