É até meio estranho de descrever, mas eu sinto uma inveja/admiração imensa ao ouvir uma música cuja letra fala exatamente o que eu tinha pensado em escrever, e que alguém obviamente mais capacitado expôs ao mundo antes. Por exemplo, se eu disser que tive a idéia de fazer um musical com as músicas do ABBA antes de descobrir sobre a existência de “Mamma Mia!”, ninguém vai acreditar – mas a letra de “The Winner Takes It All” será escrita na minha lápide, sem discussão.
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Ninguém que eu conheço conhece Stephen Sondheim, ou Andrew Lloyd Webber, ou Bernadette Peters. Eu me incomodava com isso antes e, como de costume, me achava a pessoa mais estranha no recinto. Agora eu acho legal, principalmente pela mania de gostar de coisas diferentes que cativa as pessoas, mas nem compartilho; é tudo meu.
Na verdade, é assim; Sondheim e Webber escrevem musicais e na maioria das vezes chamam Peters para estrelá-los, tudo isso na época de 90 pra trás. E é como eu disse no trecho acima; tudo que eu sinto e gostaria de escrever, tanto para exteriorizar mas pelo prestígio, eles já fizeram anos atrás – e dia após dia colocam mais vídeos da Bernadette no YouTube pra me lembrar disso. Quando eu conheci Peters, tinha menos de uma página de resultados, eu tinha 14 anos e as coisas ainda estavam só começando a fazer sentido; agora são inúmeros vídeos, estou com 17 ½ e eu ainda recorro a ela em momentos nostálgicos. Se quiserem saber mais, pesquisem. Como eu já disse, esse gosto estranho é meu. Só meu.
Na verdade, algumas pessoas que conheço até chegaram a conhecer Sondheim por tabela, mas quando eu digo que foi ele quem escreveu “Sweeney Todd” e o Burton “só” (sem querer menosprezar) dirigiu, não me levam a sério.
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Hoje eu conheci Katy Perry. Ela fala mal de mim em todas as músicas, mas o ritmo é divertido.
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Eu até tenho um lado “cult”, mas eu o escondo atrás das minhas infames piadas de elevador. E esse é só o topo do meu poço de contradições.
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