Como eu consegui ser uma bagunça tão grande, tão cedo na minha vida? Meu nome é Igor Costa Moresca e hoje eu quase trombei numa àrvore.
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É um momento surpreendente quando você descobre que 24 horas por dia é pouco para fazer tudo que se tem para fazer. Há certo tempo atrás, quando não planejava nada interessante para fazer, minha rotina diária era simplesmente ficar em casa o dia todo e refazer coisas que já tinha feito antes apenas para com que o tempo passasse. Outro momento chocante é quando você se dá conta de que passou mais tempo do que parece, e que você está mais a frente do que esperava.
Estive aprendendo tais lições graças às drásticas mudanças na minha rotina. Agora eu mal fico dentro de casa - detalhe, da minha casa - e, quando fico, preciso sempre ter certeza de que esta está limpa, ou se a roupa suja está acumulando, ou se está na hora de fazer compras de novo. E não, eu não esperava que iria me preocupar com algo assim, assim tão cedo.
Ao longo do meu dia agora-atarefado, a sensação persiste. No trabalho, o que parecia ser inconsistente e irritante no começo, agora parece mais importante. Significativo, até. Não pela função, mas porque estou atendendo pessoas de todos os tipos - desde aqueles que saem do inferno para atrapalharem-se com seus pedidos e me culparem por isso, até aqueles com os quais falho mas, por sorte, nem percebem que o refrigerante que pediram na verdade era outro, ou que a carne não foi tão bem passada. E, dia após dia, antes de sair de casa, eu me lembro porque estou saindo. Porque se eu quiser continuar na minha casa, fazendo compras e aproveitando o pouco tempo que me resta para coisas mais irracionais, como divagar sobre a chuva, eu preciso me bancar - nem que, por ora, seja apenas metade do aluguel.
Faculdade, então. Vou pular esse parágrafo. A questão é que, há certo tempo atrás, nada disso parecia possível para mim. Repito; para mim. Mas aconteceu, graças às minhas próprias escolhas. E se aconteceu, foi por dois motivos: porque estava na hora, ou porque era mesmo para acontecer. Não sei, tudo que sei é que, ultimamente, 24 horas por dia tem sido pouco. Por sorte, eu sempre me relembro que, dia após dia, eu estou 24 horas mais perto de realizar meu sonho; voltar para casa, e passar a ser um pouco menos retardado e pouco mais maduro.
Apesar de tudo, eu ainda odeio essa parte. O lado bom é que agora eu tenho uma geladeira.
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Talvez seja aparente, mas meus textos são como aqueles subnicks de MSN; não são apenas frases, são estados de espírito.
Olá. Meu nome é Igor Costa Moresca e eu não sou um alcoólatra. Muito pelo contrário, sou um apreciador, um namorador, um profissional em se tratando de bebidas. Sem preconceito, horário ou frescura com absolutamente nenhuma delas, acredito que existe sim o paraíso, e acredito que o harém particular que está reservado para mim certamente tem open bar. Já tive bebidas de todas as cores, de várias idades, de muitos amores, assim como todas as ressacas que eram possíveis de se tirar delas. Mas todo esse amor, essa dedicação e essas dores de cabeça há muito deixaram de fazer parte do meu dia a dia, tudo por uma causa maior. Até mesmo maior do que churrascos de aniversário, camarotes com bebida liberada e brindes à meia noite depois de um dia difícil. Maior do que o meu gosto pelos drinques, coquetéis e chopes, eu optei por mergulhar de cabeça numa tentativa de aprimorar a mim mesmo, em vês de continuar me afogando na mesmisse da minha mela...
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