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Cro-magnon II

Outra coisa bastante afirmada por antropólogos é o quanto evoluímos desde nossos primórdios, quando ainda éramos todos da espécie cro-magnon. A questão é; evoluímos mesmo? Ainda passamos grande parte do nosso tempo enclausurados em nossas respectivas cavernas, deixando-a apenas para propósitos de caça e coleta, ocasionalmente trombamos com neandertais aqui e ali, e cometemos erros cruciais que prejudicam nossa existência e de todos da nossa tribo. Tudo bem, as ferramentas mudaram, o idioma modificou-se de forma mais polida, e a sociedade insiste em crer que estamos caminhando para um futuro mais moderno, mas e quanto a nós mesmos? Em um mundo onde as pessoas ainda ferem, mesmo que acidentalmente, outras que lhes são importantes, e a necessidade por sobrevivência nos leva a cometer atos ainda mais asquerosos independente das conseqüências em jogo, é possível dizer com certeza de que deixamos nosso passado cro-magnon para trás?

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Outro dia eu vi na televisão uma propaganda que dizia: “o mundo não é movido por respostas, mas sim por perguntas”. Por um instante, senti que minha natureza não parecia tão estranha.

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