Hoje eu tive um pensamento diferente; e se eu tivesse ficado?
Quais são as chances de eu ter conquistado tudo que consegui até agora, em tão pouco tempo, nas circunstâncias com as quais eu convivia? Faria cursinho? Me dedicaria mais? Trabalharia? Conheceria gente nova? Amadureceria? Provavelmente não. A cada dia que passa me dou conta do quanto minha escolha foi drástica, decisiva, quem sabe até em tempo. A verdade é que eu precisava vir para cá; para virar gente, para crescer.
Claro, estourar a bolha na qual vivi pelos últimos anos não foi fácil, muito menos então aceitar o fato de que o tal ensino médio simplesmente acabou, assim, de repente. Agora caí no mundo real, e as coisas são mais difíceis do que eu imaginava. Por sorte, ainda tenho benefícios como ser “filho do chefe” (apesar de expressão não carregar tanto prestígio como aparenta), e de ainda precisar de empurrões para continuar seguindo em frente. Se dependesse só de mim, já teria desistido.
Outra coisa que preciso me lembrar todo dia; as pessoas que querem me ver feliz querem que eu siga mesmo em frente, mesmo que a dor da separação e da distância machuque mais a elas do que a mim. Meus pais, meus amigos, minha família. Não estou fazendo isso só por mim.
No fim de cada dia preciso me lembrar de que as lágrimas que escorrem por meu rosto antes de dormir serão equivalentes a sorrisos e mais sorrisos no futuro. Se é verdade eu não sei, mas parece algo que eu preciso acreditar para conseguir ir adiante. Então o plano é este; chorar no presente para ser feliz amanhã. E seja o que Deus quiser.
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Talvez essa seja a tal maturidade da qual todos tem me falado.
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