Bom humor matinal não depende de mim ou do mundo, é uma anomalia emocional que ocorre quando menos espero e quando mais preciso. E não depende também de qualquer variação do meu ritual: bocejar, espreguiçar, arrastar-se até o banheiro, jogar água fria na cara até parecer humano de novo. Claro, o mundo participa também; os pássaros cantam, o vizinho faz barulhos estranhos ao sair pro trabalho, a dona-de-casa do apartamento da frente liga o axé no máximo para limpar sua casa mais graciosamente - ou não - e meu celular tem a hora programada pra tocar "So Happy Together" do The Turtles (daquela propaganda do Ford Focus no final do ano passado) para fazer com que eu abra os olhos e volte à realidade. Ah, e café. Café é vital, agora. Depois de anos adepto ao tradicional leite com toddy (nem Nescau, Toddy mesmo), eu agora tomo "a bebida que gente grande bebe o dia todo pra continuar funcionando" (acho que minha mãe disse algo parecido pra mim, em algum ponto da minha vida onde Toddy estava caro). Enfim, eu curto os dias que começam com bom humor, mas não dura muito. É só pisar do trabalho que tudo volta ao normal (viu?). Mais sorte na manhã seguinte.
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Pense numa pessoa que dá um passo à frente, dois pra trás, e se perde. Sou eu.
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