É fácil se perder quando se segue o coração o tempo todo. Num piscar de olhos, dá pra perder amigos, oportunidades únicas e até mesmo uma vida; basta esquecer que tem cérebro e deixar que seus batimentos cardíacos tome decisões por você. Isso só não se aplica à exceção clássica: amor. Não se escolhe a quem amar, até aí todo mundo sabe, mas o que o mundo cisma em impor é que é sim possível decidir por quem sofrer – para não dizer, que dá até pra não sofrer por ninguém.
Depois de inúmeras cartas de amor, lágrimas de arrependimento e pedidos de desculpas, a tendencia é de que o garoto ingênuo e apaixonado que existe dentro de cada homem morra pouco a pouco ao longo do caminho rumo à maturidade. Quando não passa de um garoto ingênuo dentro de um garoto mais ingênuo ainda, acaba demorando mais ainda. Mas acontece.
Acreditar no amor é algo que envolve tempo, imaginação fértil, castelos em cima de sonhos, coragem de admitir para o resto do mundo que você não vai pegar a garota bêbada da festa só porque ela está no estado “qualquer-dez-reais-me-leva”, e força para sobreviver a incorrespondências que eventualmente levam amizades a completos desastres. Só que como mudanças fazem parte da vida, esse tipo de força acaba se transformando em outra, aquela que nos ajuda a superar fatalidades de verdade e que nos leva a enfrentar o mundo real dia após dia.
E então, chega o momento em que você não encontra mais seus amigos por perto e tudo pelo que sonha ainda está há mil lágrimas de distância. Foi quando eu percebi que não sei usar meu coração. E se eu não sei usá-lo, como acreditar em algo cujo símbolo é ele?
Talvez eu encontre a pessoa dos meus sonhos, talvez não. Mas, por ora, cansei.
Mundo Real: 1 x Igor: 1.
Comentários
Postar um comentário