Ultimamente parece que a única coisa real que existe em mim é a dor. O momento mais honesto do meu dia tornou-se chegar em casa depois da aula e, ao encarar a solidão que paira, imaginar se o responsável disso sou eu mesmo. Claro, eu dou risadas e converso normalmente por aí, mas... Alguns meses atrás quando eu achei que tinha me perdido, tudo o que eu queria era me sentir uma bagunça de novo. Irracional, inconsequente, incoerente, complicado... Eu era feliz assim e mais: eu fazia outros felizes mesmo sendo assim. Mas tudo mudou no dia em que meu coração estraçalhou-se nas mãos de outra, e eu nunca mais fui o mesmo. Repleto de atitudes incorentes, mas não com a incoerência que me pertencia em outrora, incapaz de derramar lágrimas que antes era preciso derramar, e tão exausto de estar infeliz que deixou o desespero tomar conta, e saiu e fez coisas que nunca pensou em fazer só por julgar que seria melhor do que estar... quebrado.
Então eu saí, cometi erros, talvez alguns acertos mas nada grandioso, e ainda estou aqui para contar a história; e mais ansioso do que nunca por um final feliz. A essa altura, eu preciso de um final feliz. Só não sei como começar, de novo.
***
Talvez isso seja o que minha professora chama de "romper com a lucidez". Não vejo nada de ruim com isso; afinal, funcionou pro Nietzsche. Ou quem sabe eu já tenha rompido com isso há muito tempo, e só agora estou descobrindo.
Música do Dia: You’re Still You – Josh Groban.
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