Talvez o maior problema que exista ao sonhar com o futuro é que quanto mais construimos planos para nós e o que queremos da vida, mais elevamos nossas expectativas. E expectativas são sentimentos frágeis demais para se tornarem muito altas, porque quanto maior a altura, maior é a queda de volta à realidade. Isto provavelmente explica porque, depois de meses de agonia e êxtase vazios, eu ainda espero ansioso pelo dia em que me veja livre de paixões platônicas que foram em vão, ao em vez de insistir em fixar meus olhos naquela pessoa. Não é a toa que sempre me dizem, "não crie expectativas". Eu já deveria ter aprendido; não é a primeira vez que trombo de frente com o mundo real desse jeito. Ou quem sabe minhas ilusões são meu sistema de air-bag que se aciona ao choque de sentir minhas expectativas serem partidas ao meio; assim diminui o impacto, mas não impede a dor. Às vezes me sinto incapaz de não sentir esperança - se não fosse essa fé na humanidade que se recusa a ceder...
O segredo para se ter tudo é este; pare de esperar que será do jeito que você achou que seria; é verdade para os relacionamentos, e é verdade para a vida. E você ainda se surpreenderá com o resultado.
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Há exatamente um ano atrás, eu estava desistindo de Jornalismo para redirecionar minha vida rumo ao estudo da mente humana, e todas as crises existenciais que esta implica. Não há nada melhor do que olhar para trás, e sentir-se com a certeza de que fez a escolha certa. Talvez Sartre estivesse errado, e as angústias não são tão constantes assim. A não ser que eu reveja o contexo... Tem sempre algo para causar dor de cabeça.
Música do Dia: Lead the Way – Mariah Carey.
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