O conceito de guerra fria é bem simples; em vez de travar uma verdadeira batalha épica, ocorre uma disputa ideológica que se mantém através de estratégias, planejamento e muita, muita paciência. Todos nós declaramos guerra de vez em quando, e nunca é tão bem vista quando ocorre no outro campo onde vale tudo: o amor.
Os adversários, opostos que naturalmente se atraem e lutam contra isto, fazem de tudo para mostrar ao outro não só que são superiores mas também suam para não demonstrar interesse; agrupam suas tropas, olham-se com desprezo, ignoram-se com frequência, esnobam-se na maior das infantilidades que só uma verdadeira guerra os poderia reduzir. E quando a poeira se abaixa, os arsenais se encerram, os soldados se entregam e ambas as partes ainda sobreviventes estão cansados de lutar contra já não sabem mais o que, tudo o que gostariam é hastear a bandeira branca e dar fim a este embate sem sentido. Mas qual de nós admitiria "derrota" primeiro?
O embate entre amor e ódio, e a linha tênue que os separa, é tudo menos fria. Então marchamos em frente, dia após dia no nosso campo de batalha, certeiros de nossos alvos e motivados a lutar até o fim, sempre sonhando com bandeiras brancas.
Eu adoro uma boa guerra fria, mas pelo que estamos brigando?
Ao som de: I’m Gonna Make You Love Me – Diana Ross & The Supremes.
Pelos nossos sonhos?
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