Às vezes olhar para um espelho pode ser incômodo; ali estamos deparados com a realidade de nós mesmos, sem mais nem menos. Narciso se afogou por tentar ver a si mesmo muito a fundo em um lago, enquanto nós hoje vemos os outros claramente mas temos dificuldade de encarar nossa própria realidade. E nossa própria reflexão nos leva a refletir; espelho, espelho meu, eu sou tão “eu” assim?
Por anos não suportei encarar a mim mesmo por muito tempo neste pedaço de vidro na parede; eu não gostava do que via. Tão imperfeito, tão incoerente; o que as pessoas viam em mim? O segredo para ser feliz é olhar-se no espelho e gostar do que vê. Gostar de si, sem mais nem menos. Senão no pedaço de vidro pendurado na parede, então em outros iguais a nós que servem para nos mostrar que somos mais belos do que pensamos. Quando nossa imagem fica embaçada e difícil de enxergar, é sempre bom ter amigos para nos ajudar a refletir nossa beleza.
E então, eu me encarei frente ao espelho, e pela primeira vez em muito tempo, eu gostei do que vi. Espelho, espelho meu; existe alguém mais irracional do que eu?
Ao som de: The Music and the Mirror – “A Chorus Line” Original Soundtrack.
Comentários
Postar um comentário