Eu juntei os pedaços do meu coração partido um a um e não foi fácil. Eu saí por aí e comecei a sorrir de novo, a rir de novo, a viver de novo. E foi bom por um momento; honestamente, eu nem me sentia como eu mesmo. A melancolia deu lugar a algo novo... Felicidade.
Mas agora eu me sinto vazio; não porque me sentia mais confortável nadando em minhas próprias lágrimas, mas porque depois de ver este velho coração - que alguns até dizem que não viveu nada ainda - ser estraçalhado tantas vezes, não pude deixar de senti-lo desgastado. Como se estivesse esgotando-se emocionalmente a cada paixão, e aos poucos vê sua esperança acabar. Empresto vida demais para quem sequer empresta um pouco em troca. Temo que no fim não sobrará nada de mim, e que toda essa agonia pode ter sido vão. Vi meus sonhos desaparecerem; antes esperava ansioso pela noite para deitar a cabeça no travesseiro e apenas sonhar com o amanhã.
No final do dia, a realidade é um grande muro no qual todos nós trombamos, e meio à desorientação preciso sempre encontrar forças para levantar e continuar seguindo em frente. Se esse for o preço à pagar para ser “feliz” então não faz sentido. Ainda existem fragmentos que ficaram para trás, para contar a história. Quer um pouco do meu amor, da minha alma? Fique à vontade, leve o que sobrou. Sentimentos que ficaram esparramados precisam de um lar. Eu sinto falta do meu coração.
Você sempre quis mais do que tudo; e se no fim não sobrar nada?
Ao som de: Take It All – Marion Cotillard.
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