Todo homem tem momentos de medo e dúvida no meio da sua caminhada que o faz repensar o caminho que está trilhando. Claro, eu tenho minhas trilhas sonoras para ouvir durante a jornada, mas ultimamente minha visão tem ficado um pouco cansada.
Começou com algumas visões… Na verdade eu deveria dizer que foram alucinações, porque definitivamente não eram minhas fantasias normais; ele simplesmente aparecia e cantava a música… “How can you mend a broken heart…” E quando Al Green parou por um tempo, Gloria Gaynor começou a me seguir por aí, cantando sobre amor, sobre a minha vida, e sobre como eu nunca conseguiria dizer adeus. Ao longo do tempo eu me acostumei; outros artistas apareceram com melodias que expressavam claramente meu sofrimento; Barry Manilow compreendia minha solidão, Vonda Shepard assimilava minha vontade de amar e ser amado, e Barry White me dava forças para manter meus castelos de areia em pé, e que alguém que está por aí e eu ainda não conheci seria a resposta para todos os meus sonhos. Às vezes ouço até mesmo algumas orquestras aos meus ouvidos, dramatizando minhas emoções com som e fúria.
Agora me sinto assombrado por músicas que não falam de amor, mas de paixão, capaz de causar arrepios e levantar suspiros não ao sentir amor mas ao fazer amor. Ainda no tema recorrente de amor, um dos filmes cuja história épica ainda arranca sorrisos e lágrimas fez tocar uma música na minha cabeça sobre uma paixão arrebatadora que deu início a um amor imortal… Ou pelo menos é um jeito poético de dizer que estou sentindo calafrios ao ouvir “Lady Marmelade”. Mas a pergunta que está pesando em mim ainda reside: pode surgir o amor de uma vida em uma paixão inesperada? E se é possível, então devemos nos entregar à paixão para nos trazer de volta a vida?
A essa altura talvez não sejam mais fantasias e sim, miragens.
Ao som de: Lady Marmelade – Patti LaBelle.
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