As palavras são minhas amigas. Não sou o indivíduo mais conectado com a sociedade que existe; às vezes as palavras são o que permitem com que eu me sinta parte do mundo, parte da vida. Se eu não tiver palavras, não tenho nada. E isso é só o começo das coisas de fazem de mim o irracional que sou.
Nem sempre minhas ações fazem sentido, mas são sempre de bom coração e por amor. Pareço bravo, irritado, indiferente, esnobe, e algumas vezes realmente estou, mas não é quem eu sou. Sou alguém à procura do amor; ridículo, inconveniente, avassalador, do tipo “um-não-vive-sem-o-outro”. Alguém que provavelmente não é igual a qualquer outro que você já tenha conhecido. E alguém que, proavelmente, você até sente curiosidade de conhecer, nem que seja apenas para saber do que os outros estão comentando. Tenho vários tipos de risadas que facilmente podem se transformar em lágrimas, num piscar de olhos. Não sorrio, mas não sorrir tem suas vantagens. Impede que as pessoas saibam imediatamente no que estou pensando, e é muito útil para jogar baralho. Não me encaixo; é simples assim.
Um filósofo grego chamado Epictetus possuia uma certa capacidade de refletir sobre a vida e sobre as pessoas que realmente “se encaixam”, comparando-as com os fios brancos de uma toga. Indistinguíveis. Ele queria ser o fio roxo; “Essa pequena parte que é brilhante, e faz todo o resto parece gracioso e bonito. Por que então você me diz para fazer-me como os outros? E se eu o fizer, como poderei continuar a ser roxo?”
Pense nisso; algo que esquecemos às vezes é que não importa o quão difícil o seu dia foi, não importa o quão severas suas escolhas foram, ou o quão complexas suas decisões éticas foram; você sempre pode escolher o que quer para o almoço. Algo que deve ser trabalhado é a habilidade surpreendente e inesgotável de apenas viver e deixar viver. Ou isso, ou morremos. Palavras de um coração partido podem nem sempre fazer sentido, mas são sempre profundas.
***
26 de Setembro: Dia mundial do coração.
Comentários
Postar um comentário