Eu não sou o mais bonito ou o mais inteligente. Não marco presença ao adentrar um recinto, e faço pouca diferença quando o deixo. Meu eu não provoca reações ou impressões marcantes, e alguns ao meu redor nem sabem quem sou. Para estes, não existo; quem é aquele garoto? Qual é o seu nome? Nunca ouvi falar dele.
Empresto vida demais para quem me empresta sequer um pouco de vida. Estranhos anulam minha existência com a mesma facilidade com qual passam reto por mim. Não sou real, sou invisível. Ou, talvez, sou eu quem permitiu com que meu eu desaparecesse no mundo; falando baixo, agindo pouco, sonhando demais.
E eu me pergunto; sentiriam minha falta? Perceberiam que não estou mais presente? Ou questionariam minha ausência por alguns minutos, antes de finalmente cair no esquecimento? Estou fazendo a diferença? Estou vivo? E se estou vivo, quem é esse garoto e por que ninguém o ouve? Talvez o mais marcante em mim seja a capacidade incansável de caminhar sobre a linha da loucura sem nunca cruzá-la… Pelo menos, não totalmente. Este é o problema em estar meio a um mar de rostos desconhecidos; às vezes você pode se afogar.
Por que você existe; para os outros ou para si?
Ao som de: Mister Cellophane – “Chicago” Original Soundtrack.
Deixe - me lhe apresentar alguém importante.
ResponderExcluirEste garoto, que não faz questão de ser notado ou elogiado o tempo todo, pois não precisa que todos saibam, basta ele mesmo saber, se chama Igor e é meu amigo... =)