Deve ser muito bom não ter consciência o tempo todo. Ter a inspiração para lançar-se no mundo espontaneamente e descuidadamente, sem rede de proteção ou qualquer preocupação em chegar perto de cruzar a fronteira entre lucidez, e o que ando sentindo ultimamente. Então me prendo aos padrões formais, à tradições e costumes, ultra-conservador e... Infeliz...?
Sinto que talvez esteja na hora de me reinventar uma vez mais, e para isso precisarei refazer minha base e minhas razões para acreditar em dias melhores. Precisarei de uma trilha sonora, uma musa, e uma filosofia. Bem vindo ao Zen-Morescismo; quanto menos sentido tem, mais significado possui. Encontrar coerência na incoerência, razão na irracionalidade, e ainda continuar o mesmo quando a poeira baixar são as metas.
Às vezes sinto que deve ser legal ser normal, mas só às vezes. Ao me descreverem, as pessoas com quem conto para me manter adiante em minha jornada não usam termos como "estranho" (ou, "Igor") e sim, um em um milhão. Alguém especial, em busca de outro alguém especial. Alguém muito sozinho, que só quer alguém para amar e nada mais. Alguém que não se sujeita ao que a maioria pensa, ao que dizem ser certo. Esta desorientação só pode ter vindo de um lugar - repitam comigo - o mundo real. Não é a toa que ando com tantas dores de cabeça.
Eu vou ficar bem... Agora é só questão de repetir até acreditar. Pelo menos me consolo por saber que, quando finalmente cruzar a linha tênue da loucura, alguém me avisará. Mas acho que não enlouqueci ainda; o "feliz para sempre" ainda parece possível.
Ao som de: Crazy – Gnarls Barkley.
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