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... para sempre.

Todo conto de fadas tem seu holofote na princesa indefesa e sua espera pelo homem de seus sonhos, o príncipe encantado. E por muito tempo, as mulheres realmente acreditavam nisso, mas depois da Revolução Sexual o “felizes para sempre” sofreu alterações dramáticas.

Uma vez que contos de fadas eram as tentativas machistas dos homens de prender as mulheres à ilusão de que eles eram a resposta de todos os seus sonhos – e, no entanto, eram inferiores e precisavam deles – as mulheres perceberam isto, e o plano foi por àgua abaixo quando o primeiro casal de lésbicas veio à tona; cansadas de esperar, as princesas passaram a aproveitar as companhias delas mesmas.

E logo o conceito foi totalmente descartado quando as mulheres decidiram salvarem a si mesmas; não se tratava mais de um mundo dos homens, mas uma terra de iguais sem lugar para sonhos infantis. E então o inesperado aconteceu; os homens tornaram-se o “sexo frágil” e mais, os homens passaram a fantasiar com o “felizes para sempre” logo quando as mulheres haviam desistido da idéia.

Hoje mais e mais homens cultivam a crença dos velhos contos de fadas mas, no fim, tudo que restou foram príncipes em buscas inúteis passando por uma torre vazia após a outra, sem princesas para salvar. Assim cavalgamos sozinhos em nossos cavalos brancos rumo ao por-do-sol, com o sonho do “felizes para sempre” mais distante do que nunca. Não é a toa que não acreditamos mais em finais felizes; nós todos nos perdemos no meio da história.

A ironia é que, hoje em dia, todos nós precisamos ser resgatados.

Ao som de: So Close – Jon McLaughlin.

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