Todos nós nos envolvemos em relacionamentos que parecem mais profundos do que realmente são; às vezes por má interpretação, às vezes por vontade própria. Imagine desejar tanto alguém a ponto de alucinar uma ligação tão forte que pode levantar nossos pés do chão e nos levar a construir castelos em nuvens – nos nosso sonhos. Mas castelos em nuvens não se sustentam, e quando nos deparamos com a realidade e nossos castelos desabam, estamos fadados a desabar com eles.
Mas nossa queda não nos impede de ainda sonhar acordado com aquele alguém, e de como gostariamos que nossa intimidade fosse além de cumprimentos ocasionais, ou encontros acidentais. Às vezes mal nos vemos, e como seria bom nos vermos todo dia. Percebemos o quanto estamos presos em nosso medo da rejeição, de tentar esticar a mão e tocar aquela pessoa – ou então, de tentar tocar a felicidade.
Nos encolhemos quando ela entra no recinto, sentindo que é mais seguro perder-se em devaneios e tentar sentir como seria bom se esta pessoa estendesse a mão e nos ajudasse a levantar, deixando nossas ilusões para trás e passando a caminhar na mesma direção. Todos nós temos relacionamentos imaginários com pessoas cujas quais gostariamos que nos fizessem tão reais como as vemos, mas às vezes é preciso acordar para o fato de que nunca andaremos de mãos dadas.
Ah, mas como seria bom…
Ao som de: I Wanna Hold Your Hand – “Across the Universe” Original Soundtrack.
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