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Psicologia - ano I

Ano após ano, adolescentes de todas as partes do país fazem suas inscrições em busca de uma nova vida com dois A's: acadêmica e amorosa. E um ano atrás, eu era um deles.

Desde então, todos os dias – tirando todos os feriados - a classe de Psicologia do 1º ano reuniu-se para aprender sobre os ensinamentos da psicanálise, as atrocidades da mente humana, e os desvios sociais que deram base à sociedade, enquanto nos conheciamos cada vez mais - uns aos outros, assim como a nós mesmos.

Depois de finalmente encontrar minha vocação, e de ter que convencer todos ao meu redor que isto realmente é minha vocação, eu me concentrei na minha busca por amor. Mas diferente da Psicologia, senso comum não é tão fácil de encontrar em se tratando de amor. Por isso você precisa de ajuda para não enlouquecer; muita ajuda. Ajuda também conhecida como meus amigos; os antigos, os novos, e os de sempre.

Meu nome é Igor Costa Moresca, acadêmico de Psicologia quase no 2º ano, e escritor nas horas vagas. E ano após ano, meus amigos foram minha salvação, e no fim das contas, minhas fontes de inspiração. No começo eu procurava pelo amor perfeito; quer dizer, quase perfeito. A única falha do plano foi que ninguém é perfeito, e nem mesmo amor poderia segurar duas pessoas que nasceram para estar juntas, mas não um com o outro.

Então eu parti em minha jornada em busca de algo a mais, e me tornei atraído pelo amor difícil. Inatingível, na verdade. Mas depois de aprender exatamente o quanto esse amor é impossível, e de quase morrer por ele, eu me reinventei e segui em frente. Então eu descobri o quanto a teoria do amor não é nada comparada à prática, mas somente prática sem sentimento não me satisfez e logo abri mão do prazer momentâneo para encontrar a felicidade constante.

Ainda determinado, eu percebi que na verdade estava procurando por alguém única, alguém especial. Mas procurar por essa alguém nem sempre é fácil, e ao relembrar todos os outros capítulos da minha vida nenhum foi tão único quanto aquele em que descobri exatamente o quanto eu sou a exceção de todas as regras, e o quanto eu precisava estar com alguém que fosse diferentemente igual a mim.

Um ano de Psicologia e dois anos em Cascavel depois, eu ainda me sinto como aquele adolescente idealista, e apesar do tempo ter nos empurrado para frente eu consegui manter-me exatamente como sempre estive: apaixonado. Um brinde a nós, e aos próximos quatro anos.

Ao som de: Labels or Love – Fergie.

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