Talvez não haja mais aquela mesma paixão de antes nestas palavras. Você me matou, simples e claro. E minha incapacidade de chorar pela perda é a maior prova do mal que você causou, mesmo que tenha vindo em forma de amor. Demorou um tempo para perceber, mas desde então sempre soube que algo estava errado. Algo em mim quebrou, e só o que pude fazer foi esperar que o tempo passasse e a ferida se fechasse, mas ainda estou esperando.
Já faz tanto tempo mas você ainda faz parte da minha vida e parece que não vai embora tão cedo, então continuarei morrendo dia após dia, sem derrubar sequer uma lágrima. Quando o sol se põe minha dor torna-se mais exposta, mas ninguém consegue realmente perceber o quanto este coração foi partido. Eu costumava ter tantas fantasias, tocar músicas na minha cabeça e sonhar acordado... Sonhos que não consigo mais ter.
Você levou minha capacidade de acreditar, e eu te odeio por isso. Tento esconder com sorrisos forçados que já perderam seu esmero, mas as pessoas já conseguem ver através deles. E então eu afasto as pessoas, uma vez que parecem tão passageiras a ponto de não sentir necessidade de me despedir; já não faz diferença. Ninguém atrai ou se prende a mim, vem e vão como os dias.
Percebo o quanto a negação tornou-se minha melhor amiga; o que aconteceu mesmo? Quem é você? E por que eu ainda te amo tanto se não era verdade? E como não pode sentir remorso por ter estraçalhado meu coração em mil pedaços, a ponto de não conseguir juntá-los e me conformar em estar desesperadamente quebrado, e desesperançosamente cético. Pela primeira vez, o amanhã pode esperar.
Talvez seja por isso que ainda esteja sozinho, esperando por um milagre. Antes que alguém apareça para mostrar que o amor que existe em mim ainda pode me trazer de volta à vida, preciso de razões para acreditar de novo.
Ao som de: Reason to Believe – Rod Stewart.
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