Até mesmo o homem mais indiferente ou a mulher mais incrédula não pode negar que o constante embate entre coração e razão ainda os atinge, porque além da atração por contradições fazer parte da natureza humana, nenhum de nós pode afirmar com certeza que segue cegamente apenas um dos dois - estamos sempre em dúvida quanto ao que fazer, e nos encontramos presos meio ao fogo cruzado da objetividade em nossos cérebros e o amor em nosso peito. Somos criados para acreditar que em situações críticas, devemos agir com racionalidade e atuar conforme o normal a ser feito, sempre visando o bem estar social e tudo mais que se envolve e se complica em nossas vidas. Mas e quando nossos sentimentos se perdem meio a tamanho conflito, ou então nos dizem para seguir um caminho diferente do que a situação nos sugere?
Racionalidade não consegue explicar todos os nossos conflitos porque não há nada lógico no que sentimos; é emocional, subjetivo e sujeito a reflexões e questionamentos, mas nunca pode ser taxado como algo padrão ou concreto. Nossos sentimentos apenas aparecem e precisamos aprender a lidar com eles da melhor maneira que pudermos, sem tentar enquadrá-los em regras ou rótulos. Tudo bem que, dentro da matemática, a aleatoriedade também é considerada um padrão, mas os únicos números capazes de se aproximar da sensibilidade humana são os indeterminados: tenho várias dúvidas, inúmeras crises existenciais, infinitas incertezas, e mil e uma teorias para tentar entender porque estou me sentindo assim. Eu sigo meu coração em tudo o que faço, mas estou tão perdido quanto aqueles que tentam encontrar uma base lógica para apoiarem suas vidas.
Existem mais mistérios em nossos corações do que no céu e na terra juntos que nossas vãs filosofia possam tentar compreender.
Ao som de: Somewhere Only We Know - Keane.
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