Algumas pessoas possuem uma sensação de auto-suficiência tão grande que ultrapassa até mesmo os limites conhecidos por nós, meros mortais, através de meras definições como "egocêntrico", "metido", "egoísta" ou "vaidoso". O mundo interior destas pessoas na verdade é tão poderoso que as engole de tal forma que este realmente acaba virado de ponta-cabeça, acreditando solenemente que seu mundo é o mundo real enquanto nós, os outros, somos quem vivemos alienados a ele. Mas em meus dias mais felizes devo confessar que compartilho parte destas impressões e as reproduzo em meus amigos, minha família ou em meu trabalho.
Se está cochichando algo a alguém, sei que está falando de mim, ou então está me olhando diferente como se estivesse pensando algo que não quer que eu descubra, com certeza é alguma malícia relacionada a mim. É fácil ver o próprio umbigo como o centro do universo; basta ter auto-estima o suficiente para transformar o resto da humanidade em meros personagens secundários de um show onde você é a estrela e só a você cabem os holofotes. Não querendo dizer que é assim que me sinto, mas ultimamente tenho tido vários momentos e até dias de "Igorcentrismo" que simplesmente não pude evitar, mas ainda consigo mantê-los sob meu controle e sob a paciência dos meus figurantes.
E as pessoas me perdoam porque sabem que isto é apenas conseqüência da minha iminente felicidade que aos poucos deixou de ser uma característica estranha do meu papel, e tornou-se algo naturalizado em minha própria natureza - como se já não possuísse teatricalidade o bastante.
Sinta-se livre para se sentir a pessoa mais importante do mundo; pelo menos para alguém, você é. E não estou falando da sua mãe.
Ao som de: Anything Goes / Anything You Can Do – Glee.
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Em breve, "Você vai adorar o amanhã" – o livro.
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