Amor. Quatro letras com um conceito imenso. Tão imenso que nada já foi capaz de compreendê-lo por inteiro. Nenhum texto, nenhuma música e, no meu caso pelo menos, nenhuma garota em particular. Há quem acredite que para cada amor que se perde, é aprendizado que precisávamos obter antes de encontrar aquele que irá perdurar pelos próximos invernos. Aquele amor que irá tomar a sua mão e nunca mais a soltará. Aquele amor que dará risada das suas piadas sem graça. Aquele amor que, por mais mal-humorada e descabelada que ela esteja pela manhã, ainda parecerá perfeita para você. Sem maquiagem, sem truques, sem disfarçar as arestas ou polir o que sinceramente quer dizer. Eu não sei quanto a você, mas acreditar nisso é o que me tira da cama todos os dias. “Será que eu a encontrarei hoje?” E é nisso que eu penso pouco antes de adormecer à noite. “Será que eu a conhecerei amanhã?”
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Quantos filmes eu já assisti sozinho, sofrendo em parte porque a sua mão não estava ao meu alcance para segurar? E as músicas que escutei, imaginando que haviam sido escritas para nós? E as prosas e poesias que desabafei na vaga esperança de que chegassem até os seus olhos? Esses olhos que parecem enxergar quem eu sou de verdade, além de todas as palavras mal ditas e gestos distraídos que sempre me deixam arrependido de alguma maneira. Esses olhos que parecem entender e perdoar tudo o que eu sou e tudo que já fiz, porque sabe que foi preciso para aguentar a espera até você aparecer. Porque não há nada de errado em ser frágil, carente, humano. Porque eu fiz por você, meu bem. Meu lar.
Imagine se um dia eu descobrisse que você acompanha os meus dramas? Ou então, que gostaria de fazer parte deles. Que adoraria ser a protagonista dos meus sonhos, desde os mais épicos até os lugares-comuns em que os amores tendem a se refugiar: as mãos dadas no shopping, o jantarzinho à dois, as implicâncias em lojas de departamento sobre qual jogo de lençol é mais a nossa cara... Desde as bobeiras mais infames até os afagos mais intensos, como o cansaço que se dissipa ao fim do dia quando me deparo com você, deitada ao meu lado, e redescubro que não há nada tão intransigente nesse mundo que interfira no que há entre nós e tudo que construímos juntos. Assim como você vê em mim alguém digno da sua honestidade, em seus olhos eu vejo esperança. Como se de algum modo, há como dar um jeito em toda a loucura e insensatez no mundo lá fora. Apenas continue comigo, querida...
Mas de nada adianta pensar sobre você, ou sonhar sobre você, se eu também não for quem você procura. Ou, quem sabe, alguém por quem valesse a pena esperar tanto tempo. Eu não sou a pessoa mais amável que existe. Cometo erros em um piscar de olhos e faço estragos monumentais com poucas palavras que já me custaram outras companhias e até outros sonhos. Sou instável, neurótico, cansativo, contraditório. Reclamo demais e me contento com... Nada. Tenho as minhas teorias furadas, minhas crenças irrefutáveis, minhas vaidades invariáveis e um senso de propriedade tão desgraçado quanto o meu orgulho. Tudo isso e muito mais, que às vezes me mantém acordado à noite pensando... Por que alguém como você ficaria comigo?
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Eu poderia viver sem você, mas eu não quero. É isto que faz a diferença. É você.
Não prometo que será simples. E definitivamente não será fácil. Teremos momentos de fraqueza e irresponsabilidade. Trocaremos palavras impensadas, bateremos portas e quebraremos pratos se necessário. Mas também teremos brindes, beijos, vinhos, rosas, sobrenomes e aniversários. Teremos um ao outro para nos manter aquecidos durante o inverno, refrescados no verão, filósofos com o outono e renascidos na primavera. Quando tudo parecer perdido, nós teremos amor. Amor que dura e que sustenta. Que acolhe e prevalece. Que nos inspira e nos revive.
Eu posso ser o amor da sua vida, meu bem. Você só precisa nos dar uma chance...
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