Esta é uma história sobre ironia. Claro, outros gêneros literários também ilustraram alguns capítulos: uns foram romances, outros foram aventuras, boa parte foi repleta de suspense, e a maioria não passou de thrillers psicológicos... Mas em se tratando de definições, nada faz tão jus à vida que passou por mim, a que está ao meu redor, e provavelmente a que ainda está por vir, do que a ironia. Infame, indiscutível, impiedosa ironia. E como já é de costume, a moral da história só se torna clara quando chega ao fim. Por isso só é engraçado para mim agora quando digo que, depois de anos de piadas de mau gosto e comentários sarcásticos jogados ao vento, posso dizer com certeza o seguinte: estou morto por dentro.
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Esse é o momento em que você se dá conta da piada infame que faço há anos, recentemente no primeiro parágrafo desse texto. Estou, literalmente, morto por dentro. Em parte, mas estou.
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