Você já deve ter se perguntado isso: como eu cheguei até aqui? A resposta, bem como a leitura da pergunta, pode atribuir um ar positivo ou negativo. E não depende necessariamente de onde você está agora. É o que eu digo há anos: perspectiva muda vidas. Se repensar em todos os momentos em que se pegou definindo algo para si mesmo, consegue traçar uma linha reta desde então até aqui e agora? Provavelmente não. Ao contrário do que os heróis nos ensinam, nenhuma jornada é linear. Algumas tem menos em comum com a Odisseia e mais em comum com a minha cidade mesmo: cheia de rotatórias bem-intencionadas, porém mal executadas. O que explicaria a incessante sensação de que parecemos viver em círculos. Se pensarmos de uma forma negativa, é fácil cair na armadilha da comparação. Como se todos à sua volta tivessem desvendado o enigma de quem deveriam ser, o que deveriam ser e onde deveriam estar, enquanto você ainda tenta distinguir as pistas. Tão fácil é cair nisso, que só nos lembramos...
"Às vezes eu fico tentado a me tornar um mendigo, afastado da sociedade. Mas aí eu não teria onde carregar meu celular." - Igor Costa Moresca