2010 também foi o ano em que algo diferente começou. Algo que estava guardado no fundo da minha mente há alguns anos, disfarçado com desinteresse mas guardando a essência do que na verdade era um sonho. Um sonho que apesar de todas as probabilidades, se tornou realidade.
Ano após ano alunos de colegial tentam formar junto consigo seu futuro e correm atrás de uma vaga em uma universidade, enfrentam os mais diversos vestibulares, e se emocionam quando seu nome aparece na lista dos aprovados. E, um ano atrás, eu era um deles... De novo. Depois de deixar para trás o que achava que era minha vocação, uma prestigiosa carreira como jornalista, para seguir o que deveria ter feito logo no início: optar pelo que faz meu coração vibrar.
Ações, emoções, pensamentos, teorias, consciência, inconsciência, dentre todos os outros desdobramentos que ocorrem a partir de um ser pensante. Não era mais uma questão de "penso, logo existo". Era algo a mais; sinto, logo existo. A mente humana é uma fonte inigualável de estudo, observação, e neuroses que fazem você questionar a razão e o sentido de tudo que você sempre achou que era certo. E é para isso que decidi dedicar minha vida; à descobrir cada vez mais a dor e a delícia de ser o que sou, as vantagens e desvantagens de se estar vivo e fazer escolhas, e a tarefa mais difícil de todas - colocar-se no mundo como se realmente é - e ajudar outros a fazer o mesmo.
Ninguém nunca disse que seria fácil e não faltaram aqueles que foram contra, mas fui em frente e percebi que justo quando você acha que já viu de tudo, na verdade descobre que não viu nada ainda. Seres humanos são capazes de tudo, das piores atrocidades aos maiores atos de compaixão. Como podemos nos perder tanto em nossas emoções? Por que às vezes nossas ações não correspondem aos nossos sentimentos? Existe mesmo uma intenção para tudo que fazemos? E se nosso ego é mesmo tão frágil, como podemos nos previnir para não cruzar a linha entre a razão e a loucura? Isto é, como sabemos se já não a cruzamos?
Esta é a beleza da Psicologia; quando menos se espera, mil perguntas surgem. E para respondê-las, bem, por enquanto tenho apenas um ano de experiência. Dizem que é preciso uma vida toda, e alguns até mesmo partem sem todas as respostas. Mas enquanto ainda estamos aqui e dispostos a aprender o melhor a fazer é deixar todo o medo de lado, e conversar pode ajudar. Como se sente, e o que você vai fazer com isso?
1º - Psicologia: Ano I (16/11)
2º - Todos são normais (26/08)
3º - 100 lágrimas de distância (24/02)
4º - Psicologias (01/11)
5º - No limite da razão (24/10)
6º - Schadenfreude (24/09)
7º - Res ipsa (03/11)
8º - Meu superego, meu eu II (18/11)
9º - A curva da normalidade (04/09)
10º - Meu superego, meu eu (03/09)
Ao som de: Ego – Beyoncé.
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