Eu sei que é clichê, mas o que distingue a cafonice do trauma são as tendências da estação. Assim como houve um tempo em que depressão era vista mais como um sinônimo de tristeza do que um verdadeiro diagnóstico clínico, nossas percepções passam por inúmeras mudanças com o passar dos anos. O mesmo é invariavelmente verdade sobre os nossos medos – a não ser que você que está lendo tenha sido o único adolescente da face da terra que nunca teve medo de que ninguém iria gostar de você. Medos, sejam lá quais forem, sempre foram reais para quem os sente. O reconhecimento deles, entretanto, é o que parece estar em alta. Entre filmes clássicos e fantasias tragicômicas, hoje é o tal Dia das Bruxas – que, diga-se de passagem, não é algo realmente comemorado por aqui, salvo por festividades na firma ou crianças fantasiadas em condomínios fechados, pedindo doce de porta em porta. Ironia ou não, além de celebrarmos de alguma forma nossa atração por jump scares e a adrenalina que provocam, hoj...
"Às vezes eu fico tentado a me tornar um mendigo, afastado da sociedade. Mas aí eu não teria onde carregar meu celular." - Igor Costa Moresca