Pular para o conteúdo principal

2010 lágrimas, parte 11: Igor, o incorrigível

Ser dramático permite a você ver o mundo com outros olhos, e com a dose certa de neurose e ultraromantismo, algumas pessoas podem se assustar com tamanha paixão pela vida. Queremos ser felizes, mas queremos ser felizes do jeito que sempre sonhamos que seriamos. Se ficarmos felizes de qualquer outro jeito, não estamos realmente contentes, entende? Às vezes o mundo real desmorona sob nossos pés e nos deixa sem chão, e se esconder debaixo das cobertas parece ser o melhor a fazer até tudo fazer sentido de novo. Mas não nos preocupamos, porque sempre encontramos uma maneira de sobreviver. Porque nossos corações, apesar de partidos, ainda são fortes e cheios de esperança por dias melhores. Porque aquele amor que mantemos em segredo um dia pode olhar para nós e realmente nos ver, e como seria bom... Pessoas dramáticas acreditam também que estão sempre sozinhos, como se não pudéssemos conhecer bem uns aos outros. E às vezes quando se espera por tudo, você pode acabar sem nada. Mas seja lá qual for a razão do seu rio de lágrimas e sentindo que está prestes a se afogar, lembre-se que toda a felicidade que procura está há cem lágrimas de distância. Algumas pessoas são incorrigíveis em se tratando de paixão.

1º - Igor, o incorrigível (11/10)

2º - Eu vou sobreviver (28/11)

3º - Sonhos de uma noite de serão (11/04)

4º - O rei do drama (13/11)

5º - À procura da infelicidade (20/08)

6º - Mais do que tudo (18/09)

7º - Até a eternidade (12/04)

8º - Somos todos sozinhos (22/05)

9º - Relacionamentos imaginários (19/10)

10º - Terra de ninguém (18/06)

Ao som de: And I Am Telling You (I’m Not Going) – Jennifer Hudson.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os 5 estágios do Roacutan

            Olá. Meu nome é Igor Costa Moresca e eu não sou um alcoólatra. Muito pelo contrário, sou um apreciador, um namorador, um profissional em se tratando de bebidas. Sem preconceito, horário ou frescura com absolutamente nenhuma delas, acredito que existe sim o paraíso, e acredito que o harém particular que está reservado para mim certamente tem open bar. Já tive bebidas de todas as cores, de várias idades, de muitos amores, assim como todas as ressacas que eram possíveis de se tirar delas. Mas todo esse amor, essa dedicação e essas dores de cabeça há muito deixaram de fazer parte do meu dia a dia, tudo por uma causa maior. Até mesmo maior do que churrascos de aniversário, camarotes com bebida liberada e brindes à meia noite depois de um dia difícil. Maior do que o meu gosto pelos drinques, coquetéis e chopes, eu optei por mergulhar de cabeça numa tentativa de aprimorar a mim mesmo, em vês de continuar me afogando na mesmisse da minha mela...

A girafa e o chacal

Melhor do que os ensinamentos propostos por pensadores contemporâneos são as metáforas que eles usam para garantir que o que querem dizer seja mesmo absorvido. Não é à toa que, ao conceituar a importância da empatia dentro dos processos de comunicação não violenta, Marshall Rosenberg destacou as figuras da girafa e do chacal . Somos animais com tendências ambivalentes – logo, nada mais coerente do que sermos tratados como tal.  De acordo com Marshall, as girafas possuem o maior coração entre todos os mamíferos terrestre. O tamanho faz jus à sua força, superior 43 vezes a de um ser humano, necessária para bombear sangue por toda a extensão do seu pescoço até a cabeça. Como se sua visão privilegiada do horizonte não fosse evidente o suficiente, o animal é duplamente abençoado pela figura de linguagem: seu olhar é tão profundo quanto seus sentimentos.  Enquanto isso, o chacal opera primordialmente pelos impulsos violentos, julgando constantemente cada aspecto do ambiente ...

Wile E.: o gênio, o mito, o coiote

Aí todo mundo no Facebook mudou o avatar para a imagem de algum desenho e eu não consegui achar mais ninguém, mas depois de um tempo eu resolvi brincar também. O clima de celebração do dia das crianças invadiu as redes sociais de tal maneira que todos nós acabamos tendo vários flashbacks com os desenhos de nossos colegas, dos programas que costumávamos assistir anos atrás quando éramos crianças e decorar o nome dos 150 pokemons era nosso único dever. E para ficar mais interativo, cada um mudou a imagem para um desenho com qual mais se identifica, e quando a minha vez chegou, não tive dúvidas para escolher nenhum outro senão meu ídolo de ontem, de hoje, e de sempre: o senhor Wile E. Coiote. Criado em 1948 como mais um integrante da família Looney Tunes, Wile foi imortalizado pelo apelido e pela fama de fracassado em sua meta de vida: pegar o Papa Léguas. Através de seu suposto intelecto superior e um acesso ilimitado ao arsenal de arapucas fornecidas pela companhia ACME, Wile tento...