Este é o fim. Por bem ou por mal – ainda que, convenhamos, mal pela maior parte do tempo – 2020 está com os dias contados. Só o que resta é matar tempo, beber em horário comercial e decidir de qual lugar você pretende assistir aos fogos de Copacabana pela televisão. Esse parece ser o modus operandi padrão para qualquer noite de Ano Novo, exceto por aqueles que já fugiram para algum litoral alternativo ou, alheios a qualquer vestígio de sociabilidade, aqueles que optam por ir dormir às 23h pelo prazer de fazer piadas do tipo “ estou dormindo desde o ano passado!” . Réveillon, no fundo, é como o epílogo de um livro: depois de toda a história ser escrita, desenrolada e resolvida (ou não), realmente não há mais nada a ser dito a não ser por clichês e trocadilhos de mau gosto. Enfim, a hipocrisia. Ou talvez eu só esteja de mau humor, assim como qualquer pessoa abençoada por bom senso cuja qual optou por não publicar nenhuma retrospectiva dos melhores momentos do ano que passou – provavelme...
"Às vezes eu fico tentado a me tornar um mendigo, afastado da sociedade. Mas aí eu não teria onde carregar meu celular." - Igor Costa Moresca