Parece que, por mais unidas que duas pessoas sejam, sempre chega o momento definitivo da relação onde rompem-se os laços e dois caminhos solo passam a ser trilhados, deixando para trás as convergências de seu passado. Acontece na história da Psicologia, nos fundamentos da Filosofia, e comigo. Se quem coloca um ponto final nas relações sou eu, para seguir novos parágrafos por mim mesmo, isto quer dizer que vou terminar minha história sozinho? Poderia haver um novo ponto de concordância após a divergência de duas pessoas? Ou estamos fadados a mudar nossos relacionamentos à medida em que expiram?
Nada mais parece constante agora que percebo tantos rostos desconhecidos ao meu redor, e sem ter e aquem recorrer – não sei se por falta ou incapacidade de opção. Eu ainda sou eu, mas quem são vocês? Vocês podem me ajudar?
Eu sinto falta de alguns laços e ombros amigos que já afagaram minhas lágrimas nem uma ou duas vezes, mas não parecemos ter mais nada em comum; nenhum assunto, contextos diferentes, vidas separadas… O que restou, afinal de contas, a não ser dizer adeus? Se não há mais o que dizer, é isto que faz a diferença hoje. Ou pior, eu queria que você fosse diferente – injustamente e ilusóriamente – mas você também ainda é a mesma. Mas você não é o fim do mundo.
Eu vou sair e encontrar outra Você.
Ao som de: Sexed Up – Robbie Williams.
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Se o passado incomoda, ainda é presente.
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