Outubro. Para alguns é apenas mais uma folha do calendário, mas para outros é o mês que marca o início de tudo. E, há (quase) dezenove anos atrás, aproximadamente às 17h de uma segunda-feira, eu não fui exceção. Existe uma época do ano em Cascavel quando mesmo antes das flores desabrocharem sentimos as estações mudando; o ar é seco e o verão ainda está longe, e pela primeira vez em muito tempo você precisa de um cobertor para dormir. E outras necessidades também vem à tona.
Foi em Outubro que comecei a escrever minha história, mas se sou eu quem é responsável por todas as linhas e parágrafos, o que poderia explicar as páginas inesperadas que apareceram ao longo dos anos? E todas as histórias de amor, por que não deram certo? Poderia nossa história estar pré-destinada a desenrolar-se por si só, e somos nós quem tentamos ir contra isto? Com o passar dos anos, destino torna-se algo difícil de se acreditar; mas entre as razões para acreditar, quem pode dizer o que é ridículo e o que não é? Mas se o destino é encarregado de nos levar através da vida rumo a tudo que sonhamos, é possível desviar-se e caminhar pela vida por si só? Se nossa história está, na verdade, escrita nas estrelas, podemos cometer um erro e perder nosso destino?
Em vinte e oito dias estarei completando dezenove anos, e quais são as razões para comemorar? Dessa vez vou deixar a vida me levar, já que eu por mim mesmo não estou conseguindo encontrar o caminho certo para a felicidade. Mas talvez sejam nossos erros o que formam nosso destino, pois sem eles o que daria rumo às nossas vidas? Talvez se nunca saíssemos de nossa rota nós não nos apaixonariamos, teriamos filhos, ou seriamos quem somos. Afinal, as pessoas mudam, e as cidades também, mas é bom saber que os que você ama estarão sempre no seu coração – e, se você tiver muita sorte, há um ônibus de distância. Uma nova temporada começou.
Ao som de: Wake Me Up When September Ends – Green Day.
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