Nós dizemos que queremos amor, mas não sabemos por onde procurá-lo. Por isso quando saímos de casa tentamos sempre nos apresentar da melhor forma que podemos. Quando conhecemos alguém novo, agimos com simpatia e cuidado, pois quem sabe ela não é aquela que eu estou procurando? Mas apesar de todos os cuidados que temos, ainda estamos sozinhos. Nós dizemos que ainda não encontramos a pessoa certa, mas algum de nós realmente tem noção do que seria certo para nós quando só o que nos aparece são pessoas erradas?
A verdade – que demorou muito para que eu a percebesse, logo eu que costumava pensar que era tão leal ao meu amor – é que amor mesmo existe por toda parte, e somos nós quem sempre o mandamos embora. Neste exato momento existe alguém lá fora disposta a nos amar e nos fazer companhia em dias frios, e sou eu quem se recusa a deixá-la entrar. Por que? Porque simplesmente não é ela quem eu procuro, mas é um argumento que está começando a perder suas forças conforme os dias passam e os momentos de fraqueza tornam-se dias, semanas, até mesmo uma vida toda de carência e desespero por dar e receber afeto de alguém. Nós dizemos que queremos amor, e em vês de nos arriscar com o que podemos conseguir no presente optamos por esperar para ver o que o amanhã nos trará. Mas às vezes quando se espera por tudo, você pode acabar sem nada.
Eu tenho uma vaga ideia de quem eu gostaria de ter ao meu lado hoje, e quem sabe para o resto da vida também. Alguém companheira, que ria das minhas piadas mas que também saiba me fazer rir, alguém para andar por aí sem rumo e que me deixe segurar sua mão, alguém que beije bem (dentre outras coisas), mas acima de tudo, alguém que me ame e que não só eu mesmo ame amar, mas que quando eu olhar em seus olhos, eu acredite que é verdade. E encontrar alguém assim não é fácil; por isso eu temo estar lentamente desistindo e acomodando-me em uma vida de casos rápidos e sem significado. Quando você rompe com um dos seus padrões, todos eles desabam. Eu rompi meu maior padrão – a fantasia da mulher perfeita, pelo menos, perfeita para mim – e agora não sei mais com o que sonhar.
Acho que o que me resta mesmo é sair por aí e continuar tentando, mas de verdade desta vez. Eu ainda quero amor e ainda acredito que é possível; só não sei o que fazer agora. Alguém bem que poderia aparecer para esclarecer tudo isso. Alguém que beije bem.
Ao som de: Our Kind of Love – Lady Antebellum.
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